segunda-feira, 1 de julho de 2024

Diegoli & Krieger: 150 anos de Imigração Italiana no BR (Maria do Carmo R. Krieger)

 

São 12 páginas... doze páginas de uma história rica em detalhes, em amor à vida e força de trabalho. 

Diegoli & Krieger, "De fábrica de macarrão à indústria do vestuário", por Maria do Carmo R. Krieger,

autora esta natural de Brusque, pesquisadora e historiadora da imigração polonesa, das histórias de Penha e agora, um relato de sua família de origem italiana:

"A busca pela genealogia das famílias de origem revela histórias as mais diversas, com aventuras de antepassados que trilharam caminhos em águas internacionais ao cruzarem, de navio, o Oceano Atlântico e depois navegarem, numa embarcação mais simples, um rio: o Itajaí-Mirim, em Santa Catarina. Vidas únicas – tal o sofrido processo de emigração pelo qual passaram em busca de um novo e surpreendente
destino, representado na própria trajetória de muitos italianos ou alemães, como a que me trouxe até aqui, através dos Diegoli e Krieger.

Recentemente conquistei a Cidadania Italiana por conta de ser neta de Adelaide Diegoli, mãe de Oscar Gustavo Krieger, meu pai. Quando nasci, ela já era falecida e só a conheci através das descrições e
lembranças de meus pais, irmãos mais velhos e dos meus tios paternos."

Maria do Carmo autografando

"Adelaide" era vó de Maria do Carmo; veio ao Brasil com 5 anos de idade, em 1889. A família então se instalou na Colônia Itajahy, futura Brusque, fundada em 04.08.1860.
Mas os italianos chegaram em 1875.

Gregorio, pai de Adelaide, deu início a várias atividades: era taverneiro, vendeiro, construtor de lanchas e pequenas embarcações, varejista e empreendedor. Revendia máquinas Singer!

Montou uma fábrica de macarrão que era vendido para Gaspar, Itajaí, Blumenau e Nova Trento. Veio uma crise e os negócios foram também afetados, sem, contudo, esmorecer a vontade trabalhar e vencer. Gregorio faleceu com 82 anos.

E Adelaide? Conheceu Gustav Philipp Krieger, alemão, nascido em Brusque e casou-se. Gustavo, bom em alfaiataria, abriu a "Alfaiataria Elegante" em 1898. Em 1894 mudou o nome para "Irmãos Krieger" e ficou tão famosa que o Cônsul Carlos Renaux encomendava com eles seus ternos, mesmo quando estava na Alemanha. 

Autografando em Penha


Conta Maria do Carmo, no seu artigo: "A alfaiataria, enquanto Empresa Irmãos Krieger, atuou como uma grande indústria do vestuário, com departamento de corte de trajes, departamento de confecções de calças, confecções de calças em tecido jeans, tendo possibilitado a oferta de emprego a mais de 200 funcionários e operários.

E como num conto de fadas, há que ser ter um final feliz para Adelaide e Gustavo - principal objetivo dessa crônica, cuja pretensão é dar transparência às histórias de vidas que, por merecimento, são destaque na construção da própria História do Município."

Vai aí, um 'toque', uma história memorável, rica em detalhes (vale a pena ler o artigo na íntegra), de como italianos e alemães participaram da história de Brusque.






Nenhum comentário:

Postar um comentário