segunda-feira, 10 de junho de 2024

Lied aus der Verbannung * Canção do Exílio

Outro dia, folheando o "Centenário de Blumenau", me deparei com a tradução, em alemão, feita por Rudolf Damm,  da nossa "Canção do Exílio", obra de Gonçalves Dias. Segue a tradução em alemão e, a seguir, o poema em português: 

Meiner Heimat Schmuck sind Palmen,
Wo im Hain die Drossel singt:
Schoener singt, als alle Voegel,
Deren Stimme hier erklingt.

Heller funkeln unsre Sterne,
Blumiger ist unsre Flur;
Reicher unser Wald an Leben,
Und an Liebe die Natur.

Gluecklich bin ich, wenn in stiller
Nacht mein Geist ins Weite dringt:
Meiner Heimat Schmuck sind Palmen,
Wo im Hain die Drossel singt.

Kann die Heimat mir ersetezen,
Was das fremde Land mir bringt?
Gluecklich bin ich, wenn in stiller
Nacht mein Geist ins Weite dringt:
Meiner Heimat Schmuck sind Palmen,
Wo im Hain die Drossel singt.

Lass, Herr, noch den Tag mich schauen,
Der mich in die Heimat bringt,
In die Heimat, deren Zauber
In des Herzens Tiefe dringt!
Lass mich schaun das Land der Palmen,
Wo im Hain die Drossel singt!

Arara brasileira




        Minha terra tem palmeiras
        Onde canta o Sabiá,
        As aves, que aqui gorjeiam,
        Não gorjeiam como lá.

        Nosso céu tem mais estrelas,
        Nossas várzeas tem mais flores,
        Nossos bosques tem mais vida,
        Nossa vida mais amores.
   
        Em cismar, sozinho, à noite,
        Mais prazer encontro eu lá;
        Minha terra tem palmeiras,
        Onde canta o Sabiá.

        Minha terra tem primores,
        Que tais não encontro eu cá;
        Em cismar, sozinho, à noite,
        Mais prazer encontro eu lá;
        Minha terra tem palmeiras,
        Onde canta o Sabiá.

        Não permita Deus que eu morra,
        Sem que eu volte para lá;
        Sem que desfrute os primores
        Que não encontro por cá;
        Sem qu'inda aviste as palmeiras,
        Onde canta o Sabiá.


        
                        

















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