E se espreguiçavam (os raios)
entre aquela mata variada, aquecendo a terra nua e arrancando-lhe suave neblina
tranparente... e secando-lhe o orvalho frio...
Era um amanhecer excêntrico, como
nunca houvera antes na lembrança das criaturas assim, esquecidas...
-Era o outono... suave e
melancólico...
num toque leve... e morno...
O verde das matas era mais verde... as flores realçavam mais coloridas... mais perfumadas...
Na natureza ouvia-se o canto melancólico dos
pardais...
Nesse mundo de alegria, havia alguém que procurava o calor do sol... queria tocá-lo...
queria-o só pra si...
necessitava dele... adentrava todos os dias naquela suavidade que o dia lhe
oferecia... o vento a tocar-lhe o rosto e não deixando que o sol a queimasse...
Mas ele era tão singelo, tão
morno... queria-o... mas queria também o vento...
A sua ânsia dominava seu corpo e
ela corria, corria... quanto pudesse... a brisa tocava-lhe mais forte contra o
corpo... o canto dos pássaros era alta e rápida... não as ouvia direito... os
seus pés não lhe permitiam parar. Nem a ela, nem àquela natureza...
Ansiava buscar o sol, só pra si.
E corria, cada vez mais depressa... o sol já se punha, as aves se calavam... só
a brisa a acompanhava.
Ansiava o sol... e de repente
caiu em seus braços: em forma de um homem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário