Poema: A Vaga e o Catamaran
E me debruço na janela da varanda
e vejo passantes seguindo em seus
passos firmes,
assim, tão cedo,
em mais um dia de trabalho...
E
lá ao longe, do mar,
Alguém
me acena de um catamaran...
E me debruço, e corre a imaginação
A buscar no recôndito daquelas
Almas viandantes,
Um vestígio de paz,
Pela lágrima que escorre lenta...
E
lá ao longe, do mar,
Alguém
me acena de um catamaran...
E em outro olhar me perco a perguntar,
Quantos sonhos
construídos,
destruídos,
Teimam em seguir este caminho...
E
lá ao longe, do mar,
Alguém
me acena de um catamaran... Me debruço uma última vez,
E ouço o clamor que brota
Da ânsia
De ter, de ser, de ver-te
Mais uma vez, nesta vida...
E
lá ao longe, do mar,
Alguém
me acena de um catamaran...
O dia parte, enfim, na bruma da noite
E continuo debruçada na janela,
Porque lá de longe
Me vem e me beija
E se debruça comigo... na janela...
A perscrutar caminhos...
E
lá ao longe, no mar,
Alguém
atraca, enfim, seu catamaran...
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