Parece que nada faz sentido
Mas cada detalhe faz sentido.
Parece que não diz nada,
Mas cada detalhe diz algo.
Parece incompreensível... mas
tem uma compreensão profunda.
Rápido veloz... vídeo-filme.
Um lapso no tempo-fotos!
A arte corre desenfreada,
marca um instante: explora,
adapta, põe e sobrepõe fotos.
Imagens entrecortadas.
Como? Não sei. Mas vi.
Imaginação transportada à tela.
É a própria tela.
O sonho é quase real: torna-se arte
palpável, tangível, visível.
Fantasia não é + fantasia: em
tridimensão nos toca, incita, e nos
enlaça nas suas “impossibilidades”.
Alcança e nos toca, num segundo
choca, estupefata, acelera o cárdio,
tumultua o cerne do corpo...
Assusta!... e fascina!...
Incrível arte essa: “neo”. Neo?
“Pós”. Tudo é pós.
Numa sala branca, apenas vento.
Ou relógios nas quatro paredes. Ou
dobraduras e designs em papel.
Noutra, telas da moça cadavérica.
Ou espelhos superpostos criam
espaços supérfluos infindos.
Ou a eteridade do vermelho.
Metrópoles sob o olhar de artistas,
de poetas, cinegrafistas, escritores.
Sob o doce e crítico olhar, rígido e
analítico, desses seres que
complementam ou realçam a
angústia de quem nelas vive.
“Iconografias Metreoplitanas”-porque
não ‘retratos urbanos’?
Vitalizamos no ‘pós’. No consumo.
Na rapidez. Antidiscurso e poesia
concreta. Ética, estética, elitismo. Um
tanto de individualismo, outro tanto de
alegoria, happenings, paródias e
pastiche. Pop arte e verso livre.
Livre! Somos tão livres
quanto o artista amarrado
com papel higiênico...
Livres para pensar, desde que
adequadamente inseridos no
contexto de cada sala branca.
Livres para ser.
Desde que se viva a ideologia dos
ideologistas. Impasse e Impulso.
Paixão e Prazer. Consumo. De
adereços, quinquilharias, chicletes,
letras, botões, chips e chips.
E surge a emergência: emergência
política, de saúde, de dinheiro.
Metropolitana. Estourou a conta, o
cano, a veia. Sociedade emergente.
Mais consumismo. Tudo é droga,
até a droga da droga.
Caem fronteiras. Caem muros.
Permanecem divisas invisíveis:
países emergentes emergem em
“iconografias metropolitanas”
Com suas iconografias.
Metropolitanas.
Por fim, o suave aroma
do fim de tarde da Av. Paulista!
O suave colorido do sol
se infiltra às luzes de faróis e
escritórios. Uma cena exótica...
Um cenário fascinante! Pós!