E é nessas andanças pela vida que, de repente, nos colocam nas mãos um livro assim, tão incrivelmente fantástico a respeito do "Amor". E por ser tão maravilhoso é que não me contive e transcrevo algumas passagens marcantes. Gratidão pelo presente!!!
"Despertar para o amor só pode acontecer se nos desapegarmos da obsessão pelo poder e pela dominação. (...) Os valores que sustentam uma cultura e sua ética moldam e influenciam a forma como falamos e agimos. Uma ética amorosa pressupõe que todos tem o direito de ser livres, de viver bem e plenamente.(...) No final de A arte de amar, Erich Fromm afirma que "importantes e radicais mudanças em nossa estrutura social são necessárias, para que o amor se torne um fenômeno social, e não um fenômeno altamente individualista e marginal. (123)
Culturas de dominação se apoiam no cultivo do medo como forma de garantir a obediência. Em nossa sociedade, falamos muito do amor e pouco do medo. Todavia, estamos terrivelmente apavorados o tempo todo. Como cultura, estamos obcecados com a ideia de segurança. (...) Ele (o medo) promove o desejo de separação, o desejo de não ser conhecido. (..) Quando escolhemos amar, escolhemos nos mover contra o medo - contra a alienação e a separação. A escolha por amar é uma escolha por conectar - por nos encontrarmos no outro. (129)
Abraçar uma ética amorosa significa utilizar todas as dimensões do amor - "cuidado, compromisso, confiança, responsabilidade, respeito e conhecimento" - em nosso cotidiano. Só podemos fazer isso de modo bem-sucedido ao cultivar a consciência. Estar consciente permite que examinemos nossas ações criticamente para ver o que é necessário para que possamos dar carinho, ser responsáveis, demonstrar respeito e manifestar disposição de aprender. (130)
A preocupação em relação ao bem coletivo de nosso país, de nossa cidade ou vizinhança, baseada em valores amorosos, faz com que todos busquemos nutrir e proteger esse bem. Se todas as políticas públicas fossem criadas no espírito do amor, não teríamos que nos preocupar com o desemprego, as pessoas em situação de rua, o fracasso de escolas em ensinar às crianças ou os vícios. (134)
Nós nos esforçamos para fazer de nossa casa um ambiente positivo para todos. Todos concordamos que a integridade e o cuidado melhoram a vida de todos nós. (...) Aprender como encarar nossos medos é uma das formas de abraçar o amor. Talvez nosso medo não vá embora, mas já não ficará no caminho.(...) Não estamos sozinhos. (137)"
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